Felicidade era algo que Vera ainda não
conhecia apesar de ter seus 50 anos, havia se casado nova e tinha 07 filhos,
mas seu marido era uma pessoa má e cruel a maltratava muito agredia com
palavras e fisicamente além de psicologicamente. Lhe dizia repetidas vezes que
não amava e que ela não passava de nada, além de bater ele a humilhava perto
dos filhos dizendo que ela menos que nada e não valia a água que bebia durante
anos ela suportou isto pelos filhos que eram como escadinha um atrás do outro,
quando seus filhos estavam grandes Nestor aguardava os filhos saírem para bater
em Vera, até um dia Mário o filho mais velho chegou antes do previsto e
alcançou o pai batendo em sua mãe, antes ele sabia mas nunca tinha visto pois o
homem era cruel e batia nela presa dentro do quarto sem que pudesse ser visto
apenas viam as marcas das agressões e as lagrimas de sua mãe que tentava
disfarçar dos filhos o monstro que era o pai deles. Mas neste dia ele viu e
começou uma luta corporal com seu pai que tinha muita força por isso dominava
muito bem sua mãe.
Depois de bater e apanhar muito de seu pai ele
tomou uma decisão tiraria sua mãe dali não permitiria mais ela ser maltratada,
aguardou os irmãos chegarem e depois de conversarem bastante sabendo que não
podiam lutar com o pai devido a força bruta do homem decidiram fugir todos
junto com a mãe iriam para casa de uns parentes em outro estado longe do seu.
Vendeu algumas coisas escondido e conseguiu dinheiro para passagem de todos,
mas ainda sim a mãe sentia pena do homem dizia ele vai morrer sem eu para fazer
tudo para ele, está acostumado a ter tudo na hora certa e talvez ele conserte
um dia, mas na verdade ela sentia medo pelos filhos tinha medo do homem
enfurecido ir atrás e matar todos. Mário disse mãe nós vamos te proteger longe
daqui. Na semana seguinte com tudo feito escondidas os filhos foram para cidade
como de costume vender as verduras que cultivavam o homem aproveitou e surrou a
mulher que estava cansada da luta do dia e depois foi para o boteco do vizinho.
Os filhos voltaram com o dinheiro das vendas e teriam que entregar sem faltar
nem um centavo, mas conseguiram abrir a caixinha com chaves onde o homem
guardava o dinheiro pegaram todo dinheiro escondido da mãe ela não aprovaria
isto. Juntaram as roupas rápido e saíram por um atalho onde um carro aguardava
por eles, levaram apenas as roupas e documentos, todo dinheiro que o velho
tinha guardado todo tempo que explorou o trabalho deles e da mãe estavam no
bolso de Mário o filho mais velho.
Eles estavam longe quando o velho voltou para casa,
acostumado a chegar bêbado e a surrar a mulher chegou xingando de longe hoje eu
e mato mulher excomungada, mas ninguém respondeu ele foi entrando e foi direto
ao quarto onde a mulher já estaria chorando sabendo o que aconteceria, mas nada
estava vazia a casa. Enfurecido começou a xingar e chamar, mas não tinha
ninguém como estava muito bêbado resolveu deitar e esperar ela deveria ter ido
na maldita igreja com a vizinha mas iria pagar caro ela devia saber que não
podia ir pensando assim adormeceu. Enquanto ele dormia a família estava longe,
a viagem era demorada, mas como o homem não sabia que direção eles seguiram não
teria como alcança-los isto eles imaginavam. Quando acordou e não encontrou
ninguém foi olhar as roupas deu de cara com a caixinha vazia, aí danou-se pegou
sua arma e saiu louco gritando dizendo que mataria todos. Foi a cidade ninguém informou,
mas ele conseguiu uma pista e foi atrás do carro que os levou até o terminal
rodoviário mais perto. O homem disse não saber de nada, mas este obrigou a
dizer colocando arma em sua cabeça, depois que contou ainda teve que levar ao
local onde havia deixado a família, apanhou e não recebeu a corrida, o homem
entrou no primeiro ônibus que viu, enquanto a família seguia para uma cidade
ele seguia para outra em estados totalmente diferentes. Para felicidade da
família quando ele desceu na primeira parada foi ao bar beber mais uma,
arranjou confusão e terminou preso, depois de todos estarem a salvos na casa de
uma das irmãs de Vera ficaram sabendo pela TV que um passageiro da que seguia
para Paraná foi preso quando arranjou briga no bar e depois já na delegacia
resolveu mostrar sua valentia batendo nos companheiros e sela e enquanto dormia
eles o mataram. Vera entrou em desespero, mas nada podia fazer a não ser
agradecer a Deus por ele não os ter alcançado. Os filhos voltaram e fizeram o
enterro do pai, venderam tudo que tinha e voltaram para o Nordeste onde
poderiam viver em paz com a mãe. Depois de 05 anos Vera conheceu um primo do
marido de sua irmã e se apaixonaram foi amor à primeira vista, eles estavam
namorando e os filhos davam o maior apoio, sabiam que a mãe até então não
conhecia a felicidade, eles montaram um restaurante e estavam bem, todos
trabalhavam juntos liderados por Mário. Vera estava tão feliz que rejuvenesceu
uns 15 anos. Firmino faltava pouco adivinhar seus pensamentos, agora ela vivia
fazendo viagens com ele, já que era motorista de ônibus e trabalhava apenas nas
excursões turísticas. Demorou, mas sou feliz assim Vera disse a sua irmã.
Texto
de Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a
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