Mostrando postagens com marcador #historias#romances#contos#curiosidades. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #historias#romances#contos#curiosidades. Mostrar todas as postagens

Literatura | Poema | Saudades de minha terra.

    Saudades de minha terra, onde tem montes e planície, onde a coruja pia no toco, e o sábia na laranjeira.
Onde o verde é muito e os pássaros voam livremente, onde a água corre na bica e os cachorros no terreiro, onde o boi berra no curral e os cavalos galopam livremente, saudades de minha terra com seus montes bem altos cobertos pelas árvores e pedras.
Saudades de minha terra onde se acorda com o cantar dos pássaros no pomar e o galo no poleiro, onde nas madrugadas o galo anuncia o prenuncio de um novo dia, onde se ouve o barulho da água caindo no cocho de madeira.
   Saudades de onde nasci nos campos floridos pela florada do café, dos melros nos coqueiros e dos sanhaços nas fruteiras, onde a curva do rio esconde as casas e as matas elevadas aparecem.
   Saudade de tudo que deixei no mato mais bonito que já vi, saudade do tempo de criança que não volta mais, das estradas cheias de poeiras vermelhas, e da angola cantando com mais uma ninhada, saudades de tudo que ficou na lembrança do tempo de criança.
  Saudade de minha mãe na janela com seus cabelos de coque preso pelos grampos, de meu pai com seu machado a cortar lenha, dos irmãos pequenos brincando de bola de meia.
  Saudades dos campos verdes onde pastoreava os cabritos que saltavam sem parar, da vaquinha cumbuca e de sua filha cumbuquinha.
  Saudade do alazão que corria como o vento quando ia na cidade, saudade da charrete enferrujada e da lanterna grande que carregava.
  Saudade do rádio de pilha que pendurava para funcionar, e até dos chinelos de couro que remendava para usar.
  Saudade de tudo que vivi no mato das cobras e dos sapos que dançavam no lamaçal, dos peixinhos do rio de água doce, e dos grandes que comprava do mar.
  Saudade de minha velha casinha de tijolos sem rebocos e do telhado a despencar, da família dos Pereira e dos meeiros de lá.
  Saudades do café coado no coador de pano e no mancebo, da frigideira de ferro que fritava ovos, e do cobertor de algodão fiado pela minha vó.
  Saudade de minha pacata cidade e de todos que lá deixei.
  Saudade de Minas Gerais de minha terra natal Córrego da Saudade.


Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.


Literatura | Conto | A noite dos amigos caçadores.

Fim de semana Rômulo convidou seus amigos para uma aventura no mato, Ronaldo hoje é sexta-feira vamos caçar, o rapaz aceitou na hora adorava ir para o mato ficar a noite toda espreitando os bichos que apareciam. Convidaram também Marcinho e Rayne eles eram inseparáveis, tudo pronta mochila com roupa de caça, isca para atrair a presa, comida e uma cachaça para os caçadores, e as armas. As mães ficavam em casa coração apertado pedindo a Deus proteção para os filhos. Eles achavam o máximo ficar a noite toda sentado ou correndo atrás das presas, bebiam pinga e contavam piadas até atingir seu alvo, quando conseguiam abater uma presa, voltavam alegres como se tivessem ganhado na loteria, chegavam as vezes na madrugada outras de manhã mesmo, preparavam as carnes e marcavam o encontro de degustação para outro fim de semana, onde eles mesmos faziam o prato da moda de caçadores. Durante a semana eles trabalhavam o dia todo a noite se encontravam no bar perto de casa e colocavam as conversas em dia.
     Ronaldo é quem sempre preparava as mochilas de caça e os cachorros que precisavam ser treinados para isto, muitas noites iam no mato apenas para treinar os cães, procuravam longe um cão que fosse bom de caça, várias vezes ele levava para sua casa filhotinhos de cachorros de raça de caçadores, pagava caro pelos filhotes por prazer de ensinar os filhotes a perseguir a presa desde novinho quando estavam maiores iam para o mato acompanhando os mais experientes. Marcinho ajudava o amigo no treinamento, Rayne era mais para ir junto não dominava bem os amiguinhos de quatro patas, um dia combinaram de ir numa fazenda bem retirada de sua cidade numa comunidade, onde conheciam bastantes homens que praticavam o mesmo esporte da caça. Nesta noite trouxeram um javali depois de uma noite inteira sem dormir e beberem bastante pinga conseguiram uma presa maior. Ao chegar em casa o rapaz estava tão cansado que mal conseguia preparar a carne, depois de terminar e guardar pediu a sua mãe, vou dormir quando for mais tarde me acorde vamos comer a carne que está no freezer preciso temperar para assar logo a noite, meus amigos virão aqui comer.
     A tarde o moço temperou a carne buscou as cervejas e ligou o som, os amigos e colegas começaram chegar, o pai do rapaz também bebia uns goles, tão logo chegaram todos estavam com sua latinha na mão, a mãe de Ronaldo chegava do trabalho e encontrava a casa cheia de convidados, muito som e muita cerveja, ele como sempre bom cozinheiro preparava com esmero o prato da noite carne assada e batatas recheadas com mozarela e azeitona, ficava um  espetáculo, o arroz sua mãe fazia enquanto bebiam e cantavam acompanhando o som, a carne ficava pronta, depois de comerem toda caça que por sinal transformava num belo prato todos deitavam no chão e começavam a falar versos ou cantar rimas. Era uma noite de alegria e prazer, quando todos os vizinhos apagavam as luzes, a rapaziada começava se despedir, muitos ainda saiam para dançar o forró que tinha na cidade todo fim de semana. Antes de saírem combinavam outra busca no mato, e disputavam qual o cachorro mataria a presa e de quem era o sortudo, após cada noite que os cães passavam no mato recebiam sua recompensa. Os amigos sempre de bem com a vida e não cansavam de contar suas histórias de caçadores para todos que desejassem saber um pouco de seu esporte preferido. Mas como tudo acaba os rapazes ao completarem sua maior idade migravam de estado em busca de trabalho, saiam deixando suas famílias e amigos, especialmente seus amigos inseparáveis das noitadas no mato, os cães. Quando um conseguia trabalho arranjava trabalho para o outro amigo e assim no fim todos eles estavam juntos trabalhando e morando na mesma cidade, longe de seus entes queridos, mas com uma certeza jamais deixarão a amizade acabar e de lá planejam uma noite nas matas do interior tomando suas pingas e espreitando suas presas.


Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.

-

Literatura | Conto | O noivado frustrado de Laurecy.

     Tudo que Laurecy queria era um dia de sol depois de tantos dias de chuva, a moça queria viajar ir ao encontro de seu grande amor, mas como no interior a maiorias das estradas são de terra ela teria que esperar o tempo melhorar. Péricles o noivo estava à espera da noiva ele ia apresentar a moça a sua família, os pais de Péricles eram um tanto exigentes, ele temia que não aprovassem seu casamento. Laurecy era bonita educada e muito trabalhadora, mas mora no interior não pode cursar uma faculdade, como ela poderia ajudar ele com trabalho, sem estudos não consegue um bom trabalho, tudo preocupava o rapaz, passado os dias o tempo melhorou e a moça viajou com sua mãe até a casa do noivo, ela tinha comprados roupas e sapatos novos para ela e a mãe, não queria sentir feia perto da futura sogra já que os sogros eram tão exigentes o que fariam com ela, aceitariam ou não seu casamento? Perguntas sem respostas até chegarem a cidade neste dilema a viajem durou 08 horas de ônibus, quando chegaram exaustas o rapaz esperava por elas no terminal rodoviário. Assim que viu a noiva seus olhos encheram de brilho, seu coração bateu forte, ele a amava muito, no caminho foi falando de seus planos com a sogra e seu grande amor, os pais aguardavam sua chegada com as visitas, foram recebidas com carinho e atenção, mas uma pitada de veneno no olhar, os olhos de Nathalia não perdia a futura nora de vista, enquanto falava com Stela mãe de Laurecy a mulher questionou porque a nora não tinha estudado e como pretendia morar na cidade grande, e casar e ajudar seu filho no orçamento da casa, sabe que hoje tudo que comprar a moça paga a metade, a mulher ficou sem saber o que falar mas respondeu o que achava ser certo, em nossa família os homens trabalham e sustentam a casa, as mulheres cuidam da casa e dos filhos, se um homem não pode sustentar uma casa sem ajuda da mulher, então não deveria casar, pois não está preparado.
     E neste empasse a situação complicou de modo que romperam o noivado ali mesmo, voltaram para casa, um tempo depois Péricles tentou se reaproximar de Laurecy que ainda muito ferida não aceitou. Todos da cidade queriam saber o que havia acontecido, mas elas nunca contaram a ninguém da malvada da ex sogra. A família da moça procurava não lembrar do acontecido para ver se a filha esquecia e se alegrava um pouco andava muito triste ultimamente, o tempo foi passando ela continuava vendendo seus produtos de beleza e agora iria fazer um curso técnico de enfermagem havia visto o anuncio e achou que conseguiria pagar com seus produtos. Estava começando a estudar em casa primeiro, comprou as apostilas e no próximo semestre começaria o curso, e pensava preciso encontrar um namorado e esquecer de uma vez por todas do ex, e jogar essa tristeza fora.
     Mas como nada é para sempre a moça não ficou triste por muito tempo, em um passe de mágica conheceu um rapaz que mexeu com seu coração, um bem mais velho que ela, mas não apresentava ser, Bento havia chegado na cidade a poucos dias era o médico que atendia no Centro médico. Eles se conheceram por acaso, ela estava vendendo seus produtos de beleza e ao sair da casa de sua amiga esbarrou nele saindo do banco, se apresentaram e daí começou um clima, depois de vários dias se falando por telefone ele a convidou para sair e tomar um sorvete, ela meio sem graça aceitou, mas estava desanimada havia lembrado muito de seu ex esses dias. No fim da tarde se aprontou e foi ao encontro, Bento quando a viu teve certeza era a mulher de sua vida, ele com seus 50 anos, ela com 20, mas amor não tem idade, pensando assim ao terminarem o sorvete a convidou para sentar na pracinha um pouco e conversarem, disse que gostou muito dela e queria namora-la, ela contou o que havia passado há um ano atrás. Mas ele insistiu e começaram o namoro, tão logo quis ir em sua casa e conhecer seus pais, depois de concordar em recebe-lo em casa a moça contou a seu pai, ele achou certo já estava na hora da filha ser feliz e esquecer de vez o passado. Bento preparou uma surpresa para sua amada, hoje faz seis meses que estamos namorando, vamos jantar fora, durante o jantar ele a pediu em casamento e colocou o anel em seu dedo, passado mais cinco meses se casaram, continuaram morando na cidade ela continuava seu curso e ajudava ele em seu consultório particular, que tão logo firmaram namoro havia montado, o ex quando soube ficou arrependido de ter escutado sua mãe, pois ele amava e achava que ela esperaria por ele para sempre, mas a felicidade bateu na porta dela, agora casada com médico e por cima trabalha junto, não era isto que sua mãe tanto queria?

Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.



Literatura | Conto | O milagre dos anjos.

     O tempo todo Miriam falava com sua filha Renata cuidado quando for atravessar a rua filha, ela sempre sorria e respondia eu sei mãezinha, mas era muito voadora, não prestava atenção em nada, sabia muito era sorrir, tudo merecia sorrisos da garota. Renata tinha 11 anos, sempre estudiosa e obediente mas desatenta, gostava de brincar com as coleguinhas na rua em frente de casa, quando sua mãe chamava sempre respondia vou indo mãezinha. As duas mãe e filha se entendiam bem, o pai da menina era Silvio homem forte e um tanto grosseiro, as mulheres da casa temiam ele quando estava enfurecido com algo. Por isto a mulher cuidava sempre de não o aborreces nem deixar a filha desaponta-lo. Um dia depois da aula as duas estavam indo no shopping fazer umas compras de roupas para os três quando ouviu o telefone tocando, era o homem querendo saber se havia esquecido sua carteira em casa, caso contrário a teria perdido, a mulher olhou tudo e disse não ficou amor, assim que tomaram o primeiro ônibus a caminho do shopping o homem chegou em casa, foi logo ligando para saber onde haviam ido neste horário, a mulher respondeu educadamente estamos fazendo compras.
Quando já em casa foram cuidar dos afazeres as duas, tão logo terminou o jantar Silvio entrou dizendo bonito eu trabalho vocês gastam, assim vou ter que pernoitar no trabalho, mas nada queria um motivo para aborrecer a esposa, andava meio estranho nos tempos atuais. A mulher mostrou as peças que havia comprado para ele, mas nem isso alegrou o marido, Júlia disse papai amanhã não tem aula e o s.r. não trabalha vamos no parque? O que está pensando eu vou trabalhar na oficina vocês só pensam em sair e gastar, mas Cida já estava chorando sempre se aborrecia com as grosserias dele. Perguntou o que foi agora? Só sabe chorar mulher chorona, nesta hora a menina ao ouvir o pai falar com sua mãezinha naquele tom saiu em disparada chorando não olhou ao atravessar a rua, foi jogada longe por um motoqueiro que corria bastante, todos os vizinhos ouviram o barulho menos Cida pois o marido continuava falando muito alto. De repente a porta abriu em gritos uma amiga de Cida corra amiga sua menina; foi um acidente, meu Deus sempre pedi atenção dela, não é hora para isto amiga vamos chamei o resgate deve está chegando, a mulher acompanhou a filha o pai iria depois, ao chegar ao hospital feito os exames constatou uma hemorragia, a menina corria sério risco de vida. Quando Silvio chegou a esposa chorava no banco da capela implorando a Deus pela vida da filha, nesta hora o homem duro chorou abraçou a esposa e disse vamos rezar vou te ajudar.
Durante toda noite os dois passaram na capela rezando quando em vez iam e pediam informações, passado os dias sem nenhuma melhora no quadro, a mãe de Júlia decidiu ia saber o porquê de tanta demora neste diagnostico, impossível não saberem, estavam era enrolando ela, chamou o marido e foram falar com o médico. A resposta veio nada amistosa sua filha não voltará a andar e nem falar, estávamos aguardando mais uns dias, mas esta é a verdade. O mundo de Cida acabou neste momento, abraçou o marido para não cair, o homem ficou sem rumo, foi uma choradeira, mas a mulher não perdeu a fé, tratou de recompor e chamou o marido, vamos fazer um pedido especial pra Deus curar nossa menina, o marido pediu perdão, não fosse meus gritos ela não teria saído e acontecido isto, eu sou o culpado, me perdoa por favor. Não tem que pedir perdão a mim, peça a Deus, então reuniram forças e foram para a casa. Júlia recebeu alta foi para casa e começou o sofrimento do casal, Silvio precisava trabalhar e Cida ficaria só para cuidar da menina, as vizinhas revezavam sempre uma ajudava no dia outra a noite.
Os meses passaram o casal estava unido e agora não tinha grosserias, havia mudado muito desde o acidente, a menina permanecia como saiu do hospital nenhum movimento isto era tormento para o pai que se sentia culpado. Cida cuidava com muito carinho da filha, sempre pedia cura, uma noite quando dormia ao lado da filha teve a nítida impressão que viu o pé da menina movimentar levantou olhou era um sonho, mas assim mesmo continuou rezando e pedia ao anjo da guarda da menina para ajudar, e resolveu pediu aos amigos de luz, dizia sempre seres de luz, anjos de luz, ajudem devolva os movimentos de Júlia pois ela é meu anjo. O tempo foi passando ela cuidando de Júlia com mesmo carinho de sempre, na hora de alimentar a filha orava e colocava a comida na boca da filha, na hora do banho colocava água benzida, assim todo tempo até um dia receber um milagre, foi o que ela disse a uma visita naquela hora.  Vou ver minha menina andando um dia novamente, depois de três anos e 11 meses cuidando dela, recebeu um milagre, os movimentos de Júlia estavam voltando para felicidade da mãe e surpresa dos médicos, que ao avaliarem novamente a menina disseram isto é um milagre não tinha como acontecer a não ser por milagre. Mas Cida tinha as respostas em seu coração, era sim milagre de Deus e ajuda dos anjos de luz. Depois de 06 anos após o acidente Júlia voltava a caminhar com suas próprias pernas e já falava algumas palavras para felicidade de Cida uma era mãezinha.  

Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual. ….

Literatura | Conto | Visões ou sonhos.

    Assim que acordou Dorinha foi contar para sua mãe o sonho que havia tido durante a noite, mãe sonhei com um rio cheio de água suja e com muitas bolhas grandes que levavam pessoas e casas junto, ora filha não se preocupe vai passar foi apenas um sonho. A menina era uma criança inteligente, bonita e alegre todos gostavam dela sempre estava feliz, depois do almoço sua mãe Hortência prepara o lanche para filha levar para a escola, apresse filha, o ônibus está vindo, eles moravam num sitio pouco retirado da cidade onde viviam, as estradas eram de terra vermelha e bastante poeira, quando a menina chegava ia brincar com as irmãs ela era a mais velha de 05 irmãos, 04 mulheres e o caçula era Mateus que tinha 02 aninhos. A tarde passava e a noite chegava e com ela as histórias de dona Hortência que encantava as crianças, depois do banho e de jantar era hora de sentar no chão forrado de esteira a mãe sentava junto e contava histórias até dormirem, era ótimo olhar para os filhos todos dormindo em paz, assim a noite passava e mais um dia chegava, logo cedo as crianças menores brincavam de bola no terreiro de terra vermelha, enquanto Dorinha fazia a tarefa escolar estava no segundo ano. Mãe hoje terei prova preciso estudar, mas minha cabeça está preocupada, hum com que interroga a mãe, sonhei o mesmo sonho, não deixe os meninos irem para o lado do rio, filha não se preocupe foi um sonho ruim, logo vou contar uma história bem bonita para você dormir bem.
Na escola a menina não se sentiu bem e a professora foi leva-la em casa, quando chegou fez umas perguntas para a mãe da criança que assustada respondeu, ela se queixou de uns sonhos ruins que anda tendo. Mas nada de dor ou coisa assim, olhe sua filha anda vendo coisas na sala de aula, tipo rios transbordando de água suja e pessoas no meio, Jesus o mesmo que me contou. Pois bem amanhã não deixe ela ir se acontecer de novo, tão logo a professora se foi, a filha contou para a mãe que havia visto era real não um sonho. A mulher muito preocupada chamou o marido que levou a filha ao posto médico mais próximo, não se preocupe é uma faze toda criança tem imaginação fértil. Anoite a menina ouviu as lindas histórias da mãe e adormeceu logo, teve o mesmo sonho agora mais real que nunca ela podia ver as pessoas e reconhecer, eram seus amiguinhos da escola maternal que sempre brincava com ela, todas as crianças e até uns professores gritavam por socorro, entre gritos sua mãe acordou correu até o quarto abraçou a filha que chorava descontroladamente. Calma filhinha estou aqui. Os dias passaram tudo se repetindo e sempre com mais clareza era uma visão não um sonho ela tinha certeza, quando foi para a escola ficou observando as curvas que o rio fazia e deu conta que uma curva era justa onde fica a escola, havia um rio bem caudaloso que circulava a cidade.
Estava perto de todos acreditarem nela e pararem de chama-la de louca, Dorinha disse para a mãe, vai acreditar quando ver eu estou avisando tire todos da escola vai encher o rio e levar tudo. Filha por favor de novo não, e assim os dias passaram e a menina aflita rezava pra que não tivesse ninguém na escola quando as águas borbulhassem, todos olhavam pra ela com olhos de acusação mas era dia de acabar com isto, quando todos estavam na escola inclusive ela do nada começou uma chuvinha mansinha, ela correu falou professora por favor vamos embora libere todos, vamos morrer aqui se ficarmos, mas a professora não deu atenção de repente um estrondo muito alto, raios caiam escureceu tudo, chovia muito Dorinha temia por sua família em casa mas o perigo era ali, podia sentir outro estrondo agora mais alto é a represa que fornece energia para cidade rompeu e desceu enchendo o rio e levando tudo casas animais tudo que estivesse no caminho, a menina fechou os olhos rezou e foi ajudar a acalmar os menores, mas um estrondo agora era as casas da beira do rio que eram arrastadas muita gritaria a água começou invadir a escola todos em desespero rezavam gritavam, Dorinha reuniu os menores em cima de uma mesa e se agarrou a ela e ficou pedindo Deus socorre nós as criancinhas. Muitas pessoas morreram, e ficaram muitas famílias desabrigadas, depois que tudo terminou os adultos começaram a questionar a menina como ela sabia de tudo sendo uma criança de 09 anos, ela disse eu ví avisei ninguém acreditou, mas tudo bem eu sei que sou criança, e assim sendo minhas palavras não tem valor diante de um adulto. Mas no fundo ela sabia era uma criança muito especial, daí em diante todos respeitavam as opiniões dela, e toda cidade devastada pela enchente começou a reerguer-se, e com ela os sonhos de Dorinha ou seriam visões?
  
Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.



Literatura | Conto | Forró de são João.

     Numa manhã de junho depois de uma noite inteira na festa de são João Laura estava cansada e queria dormir um pouco mais, mas o tempo não perdoa era hora de trabalhar. Ela trabalhava na farmácia não podia faltar se apressou um pouco e foi, o dia passou e mais uma noite de forró na cidade, em junho as festas são muitas e toda noite tem quadrilha. Quando a moça chegou em casa seu telefone tocou era Luma sua melhor amiga que havia chegado de viagem estava na Europa ansiosa por rever a amiga e contar as maravilhas de lá. Combinaram de jantar e depois dar passadinha no forró, Luma havia trago um vestido lindo para amiga e queria que usasse nesta noite de sexta, elas poderiam dar umas voltas e rever a cidade afinal as noites daqui são mais bonitas. Laura se aprontou despediu-se da mãe e do irmão e foi para o encontro com amiga.
Foi muita alegria e emoção por parte das amigas as duas eram lindas, amiga veja o vestido que lhe trouxe é maravilhoso vamos até sua casa e coloque pra gente ver e ai sairemos para curtir a noite, quando elas desceram do carro os olhares eram todos para elas as mais lindas da noite, muita gente dança e bebidas, e todos rapazes queriam dançar com elas, mas Laura estava cansada tinha ficado as últimas noites dormindo pouco e trabalhando muito, precisava parar tomar alguma coisa repor as energias, mas Luma não perdia uma dança, os homens do salão só tinham olhos para as duas.
A noite é uma criança foi o que disse Léo para Laura que havia recusado uma dança com ele, mas ela disse depois então dançaremos, vamos tomar uma bebida e conversaremos um pouco, depois de quase duas horas começaram a dançar e estavam bem animados, quando a amiga pediu licença para Léo e chamou a amiga vamos ali fora preciso lhe falar, o rapaz ficou irritado mas cedeu e sentou-se para esperar a moça. Amiga precisamos sair daqui eu ouvi uns homens dizendo que vão fazer um arrastão aqui quando der três horas começarão, vamos despistar aqui e fugiremos isto aqui é perigoso estou atenta as falas deles programam coisas horríveis, vamos daqui acho que não vão perceber. As duas correram para o estacionamento entraram no carro, mas Léo correu até o carro, gritando parem não fujam covardes, conseguiram escapar, mas dois carros a seguiram e elas tinham medo como fazer, chame a polícia Laura ligue logo, rápido eles vão nos matar.
Mal conseguia falar ao celular implorando por socorro quando o carro de um homem bateu fortemente do lado do motorista que girou o carro delas para o outro lado da pista, outro carro se aproximava, Deus ajude-nos por favor gritou Luma, as amigas choravam gritavam por socorro, mas ninguém as ouviria em meio a tantas músicas altas. Os homens já se aproximavam do carro delas de todos os lados estavam cercadas não tinham como fugir, então se abraçaram e começaram a rezar implorando por um milagre os vidros de trás começavam a cair no chão fazendo cacos e barulhos, neste desespero chamando por Deus ouviram a sirene de uma ambulância, pensaram ser da polícia, mas não era. Quando o motorista da ambulância percebeu deu meia volta e retornou mas chamou a polícia que chegou rápido os homens já havia tirado as moças de seu carro e estavam colocando no porta malas de um dos carros. Foi um tiroteio e fuga do carro que levava as moças a perseguição durou uma hora aproximadamente, as amigas estavam em estado de choque, nem conseguiam falar, mas estavam sem grandes ferimentos. Quando a polícia conseguiu alcançar o carro de Léo outras viaturas estavam dando apoio conseguiram resgatar as moças e prender os dois homens.
Na delegacia Léo entregou os cúmplices que foram presos em seguida, já era 07 da manhã quando as moças deixaram o hospital onde foram atendidas seguiram sobre escolta policial até a delegacia prestaram depoimentos e foram para casa. As mães estavam aflitas haviam visto na reportagem da manhã e temiam por suas vidas, assim que tudo ficou esclarecido as amigas foram descansar. Depois de umas boas horas de sono Laura confidenciou a mãe, olha nunca mais quero ir a um forró de são João naquele bairro é muito perigoso lá, Célia a mãe disse filha toma juízo noite foi feita para dormir descansar, aprenda a lição e agradeça a Deus pela vida de vocês, eu já agradeci. Luma havia pensado em ficar de vez na cidade, mas a experiência nada agradável a fez mudar de ideia. Ligou para amiga e a convidou ir morar com ela na Europa. Amiga vamos pensar no assunto com calma depois decidiremos, vamos descansar e veremos depois, eu gosto da ideia mais precisa ter calma.


Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.



Literatura | Conto | Ferias na casa da vovó.

      Quando Mariana saiu da escola naquele dia todos aguardavam por sua volta ansiosos, era sexta-feira iam viajar de férias para casa de sua vó que morava no interior. Mari estava de malas prontas tão logo chegasse era só almoçar e partirem tudo pronto carro na porta, iam sua mãe o pai, seu irmão Assaf e sua tia Adriana. Todos animados a viagem era longa demorada, mas valeria tamanho esforço, depois de um ano de trabalho dedicado e estudos era merecida férias a casa de dona Porfiria era bem no interior mesmo, estrada de chão e muita poeira. Depois de 12 horas de viagem chegaram, foi muita alegria para os pais de Fernanda que esperava com muita festa e todos os filhos reunidos, Fernanda era única a morar longe os outros moravam junto no mesmo sitio. O pai de Mari era Ivan, estava cansado de dirigir apesar de sua irmã Adriana ter dirigido um pouco.
Depois de algumas horas de descanso foram para o curral iam tirar o leite da tarde, as vacas estavam presas os bezerros berravam sem parar, depois de tirar o leite iam tratar das criações e também fazer queijos, toda tarde faziam vários queijos. As primas de Mari queriam brincar andar a cavalo e ir na ponte que havia no córrego onde elas gostavam de dar comida para os peixes. Tinha feito petecas com penas de ganso bem bonitas coloridas. As crianças estavam adorando, as irmãs de Fernanda vinham com suas filhas e filhos, o irmão Sóstenes veio com a esposa e filhos, era muita gente e muita alegria, passados os dias estavam todos reunidos era aniversário de casamento de dona Porfiria e s.r. Alcineu 49 anos de casados no próximo ano seria bodas de ouro. Já comentavam da grande festa que fariam, a noite fizeram um grande jantar e um bolo bem grande vieram bastante vizinhos de sítios da li próximos. Terminado as comemorações era hora de cuidar de providenciar a viagem de volta, os dias passaram rápido Assaf e Mari não queriam ir embora estavam muito felizes com os primos, brincavam muito todos os dias, e ainda ouvia histórias que o avô lhes contava todas as noites, eles queriam ser crianças para sempre e viver ali na roça, onde podiam correr livremente, brincar com coisas nunca imaginadas por elas, como peteca de palha de milho, pique-bandeira com folhas de árvores, jogar queimada com bola de meia, e até de cabra cega no terreiro a noite. Ha como é bom ser criança aqui disse Assaf a seu avô, muito bom meu filho, mas vocês precisam voltar com seus pais depois um ano passa depressa, e vocês voltarão novamente, naquela noite as crianças nem dormiram direito pois sabiam que era o último dia desta temporada que teriam para aproveitar daquele lugar magico, lindo, cheio de paz e alegria. No dia seguinte voltariam para cidade grande casa de portas fechadas, nem um passo sozinho, era escola, casa, igreja, e casa de novo, só seriam livres novamente no próximo ano quando seus queridos avós completariam 50 anos de casados.
Quando já estavam em sua casa Mari perguntou a mãe, porque não mudamos para a casa da vovó igual nossas primas, é bom de viver lá, fala com papai e vamos morar lá, a mãe abraçou a filha sorriu deu um beijinho e disse filha nós vamos um dia se Deus permitir, agora temos muito trabalho por aqui, trate de estudar e tenha calma o tempo passa depressa, logo é férias novamente. A filha adormeceu em seus braços e sonhou com o dia da volta para o sitio da avó.


Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.

publicidade

Busque por Tag

. .#amor .#amor. .#ficção .#ficção. .#poema # o desempregado # o sonho que morri #a coruja e joaquim #a lenda da lua #a menina #a menina astrônoma #a modelo em decadencia #a morte de Dorothy #a vida de euclides e eva #abrigo santa helena #agradecimentos #alho #alzheimer #amigas inseparaveis. #amontoados de letras #amor #amores #Animais #anjos. #apaixonado #Arte Cênica #artigo #atitude. #autora #aventuras #aventuras. #aviso #avitoriafeminina #beleza #beneficios #brasileira #canção #canções. #cão #cerveja #comportamento #conto #conto. #conto.#ficção #conto.#ficção. #contos #contos. #coração. #costura #couto #criança #criança levada #Cuidados #culinaria #culinária #Cultura #Cultura. #curiosiades #curiosiades.#romance #curiosiades.#zona rural. #curiosidade #curiosidade. #curiosidades #curiosidades. #curiosidades.#romance #curiosidades#romances#historias #curiosidades#romances#historias#contos #decisoes #atitudes #desejos #despedida. #Deus #dia #dia dos namorados #dicas #distante #ébano #ebook #educação #enfermagem #escritora #escritoraluziacouto. #estorias #euzinha #expectativa #família #familia. #ficção #ficção #curiosidades #ficção #curiosidades. #ficção. #ficção.#Cultura. #fim #gabriela #Gatinhos #Gato #generosidade #historias #historias#romances#contos#curiosidades #homenagem. #impossível #inesquecível. #informação #inverno da paixão #irmasseparadas #lagrimas #leitores. #lembranças #lenda #letras. #literartura #literatura #literatura. #livros #lú couto #luar. #luz #luzia #luzia Couto #mãe #mãe. #manhãs #maria marcia #melancolia. #mensagem #Mércia a médica #minha pequena Mia #mudou #mulher #natal. #natureza. #noite #o ciber café #o concurso. #o destino #o olhar deCeleste #olhos. #outono #paixão #paz #pianodasaudade. #poeias #poema #poemas #poes #poesia #poesia #poema #texto #poesia #poemas #amor #textos #poesia #textos #poemas #poesia#textos #poesias #poesias #textos #poesias#textos #poetico #profissionais #prosa #quando o amor acontece. #quando tudo aconteceu #quero #receita #receitas #reflexão #roamances. #roamnces #roamnces. #romance #romance. #romances #romances. #romantico #romântico #rosas #saudades #saudades e lembranças #saudades. #saúde #sedução. #segredos #sentimentos #silencio. #sobrevivente #solar #solidão. #solidariedade #sonhar #sorrisos. #sugestões #talvez #Teatro #tempo #texto #textos #trabalho #triste #truqes #truques #um inimigo oculto #um patrão do bem #um pequeno jardim #uma mulher marcada pelo passado #uma santa desconhecida #umaconfeiteradesucesso #umamulhermisteriosa #universo #uso #versos #vida #você sabia #yasmim a menina bailarina Boca de Cena Curiosidades literatura poema romantico romantismo