Poema de uma louca!
Fazia frio e a chuva fina caia molhando tudo, desde o corpo até a alma daquela mulher bela e desconhecida, fazia frio tanto frio que seu corpo tremia.
De quando em vez ela para e olha o céu escuro e a chuva tenra fininha caindo molhando tudo, molhando seu rosto seu sorriso e seu corpo desnudo.
Aquela mulher desconhecida, para, canta, grita, ninguém parece lhe ouvir exceto o tempo a noite fria e escura.
A mulher estranha diferente, sorri como louca, molhada, gelada despida de corpo e alma. Olha o céu escuro e a chuva fininha caindo molhando, molhando tudo.
A lua faz que vai aparecer e o céu começa a clarear, a mulher canta, grita olha o céu e diz, porque você não sorri pra mim? Oh chuva fina molhando meu corpo, minha alma, traz de volta a minha vida.
Vida que você levou sem pedir permissão, sem ao menos me avisar tirou-me de quem amo e agora finge não me escutar.
Chuva, chuva, insiste a mulher desconhecida a gritar, o vento sopra com força os raios riscam o céu escuro, que parece querer a mulher calar.
Nesta hora sombria, a mulher desconhecida, diferente, calada, parada olha em sua volta olha em seu corpo desnudo e com uma voz cálida e trêmula grita: Chuva me leve para longe! onde estou?
Os raios riscam o céu e a mulher desconhecida some, ao longe se ouve sua voz gritando mansinho, chuva fria muito fria porque meu corpo gelado ainda treme de frio?
Texto da autora e escritora Luzia Couto.
Lei 9.610/98
Ipanema Minas Gerais Brasil.
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