Poema Amargura

Amargura 

Horas amargas de tristeza e solidão,   

dias sem noites dores e murmúrios, 

lamentos e lágrimas tudo junto, 

desfazendo a obra prima criada.   

Feito criança ela chora sua dor,  

sabendo que não tem outro jeito,   

deixa um suspiro embalar sua alma,  

 rola duas lágrimas em sua face.   

Menina, mulher, bela, sedutora,  

olhar de brejeira, matuta, gentil,      

corpo esguio, cabelos ao vento, 

                           olhar distante, confusa pensativa.                              

Alma triste, sedenta de amor,   

coração aflito, peito em dor,   

solidão e amargura a define,  

 seu nome escrito em sangue.     

Noites frias ela ao relento,  

deixa escapar de sua alma,   

um grande e sentido lamento,  

suspira, chora, nada a consola.   

Muda seu mundo sua história, 

 seu passado vem à tona,     

rouba o sorriso, mostra a dor, 

 lhe entrega apenas melancolia. 

Luzia Couto

 Lei 9.610/98 

Ipanema Minas Gerais Brasil