Glória é uma mulher humilde que vive no campo com sua família, o esposo
Marcio tem problemas na coluna e não suporta o trabalho pesado sozinho a mulher
se esmera em ajudar o marido, seus 05 filhos são menores e vão para a escola,
ela fica o dia todo no mato ajudando no cultivo da lavoura de café que confere
muito trabalho e cansaço. Quando chega a tarde as crianças voltam da escola e
tem que ajudar no trabalho da casa e do quintal, quem chega na casa de Glória
não diz que ela trabalha fora o dia todo tamanha organização e limpeza. As duas
meninas que são mais velhas cuidam da casa e das roupas os meninos limpam o
quintal varrem tudo em volta e trata das criações de porcos e galinhas. Na hora
de dormir estão cansados e nem tem tempo de pensar besteiras ou perder sono
imaginando coisas.
No dia seguinte
eles acordam cedo e tem as obrigações antes de irem para escola depois do
almoço a mãe coloca eles no ponto do carro escolar e segue para a lavoura com o
almoço e o café para o marido, lá ela permanece até à tardinha trabalhando, ela
tem as mãos calejadas e grossas do trabalho pesado. Marcio sempre diz a ela que
um dia vai lhe dar uma vida confortável e cheia de luxo, ela sorri e pensa
mesmo que este dia nunca chegue eu sou feliz assim como estamos. Ela diz que
acredita e tecem sonhos lindos e cheios de mistérios os dois ali no meio da
terra cortada e cheia de formigas, o sol ardente e a boca seca deixam eles meio
que extasiados e nem vê as horas passar com tantos sonhos a mente viaja e
quando baixa a guarda o sol, eles se lembram que é hora de voltar para a casa e
olham para o céu e as primeiras estrelas despontam no horizonte. Glória e
Marcio chegam e começa a seção trabalho doméstico, pais que estão exauridos,
mas que buscam forças no sorriso dos filhos a contar as novidades e as belezas
que leram nos livros e aprenderam algo novo.
Assim a noite vai
chegando e o sono começa a rondar as lindas cabecinhas das crianças que estudam
e sonham dias melhores.
Sempre quando
aproxima o fim do ano as crianças sonham em passar de ano e ganhar um presente
de papai Noel que eles acreditam existir e que só ganha presentes se forem bons
filhos e bons alunos. Que tempo bom é este que ainda se acredita em papai Noel
e suas renas. A mãe consulta ao marido para saber da possibilidade de comprar
um presentinho simples para os filhos que os ajudaram bravamente nas tarefas
diárias e estudaram com afinco. Marcio fica pensativo e diz como eu queria
poder deixar você leva-os a cidade e fazer compras a gosto. A mulher limpa o
suor do rosto e diz marido se puder comprar apenas um brinquedinho baratinho para
os meninos e umas presilhas de cabelos para as meninas, nessa hora ele enche os
olhos de lagrimas e diz, nossas filhas já estão mocinhas e eu nunca pude
comprar a elas nem um par de prendedor de cabelos, que vida esta mulher, mas
deixa estar ainda vamos poder comprar uma presilha de ouro para adornar os
lindos cabelos delas. Sandra e Resida as duas filhas mais velhas com seus
longos cabelos banhados em água de coco e todo encaracolados ficaria lindo em
uma presilha de ouro. Os três filhos Samuel, Daniel e Geisel, eles ficariam
satisfeitos com uns carrinhos cheios de boizinhos. Glória diz marido nossos
filhos são excelentes e entenderam a nossa situação. Que bom que temos o
trabalho para garantir nosso sustento e o estudo a eles. Ao menos não ficarão
como nós sem entender bem das letras, mas se Deus quiser quando nossa vida
melhorar vamos comprar muitos presentes eles irão gostar. Nesta doce ilusão de
dias melhores e com a cabeça cheia de lindos sonhos eles se dão conta que é
hora de voltar ao lar, onde encontram os filhos felizes e cheios de novidades,
eles contam alegremente aos pais que ganharam brindes na escola dado pelos
professores. Último dia de aula e todos os alunos ganham uma lembrancinha
esforço dos professores que querem agradar a seus alunos com um mimo simples,
mas que faz eles se sentirem felizes. Marcio e Glória se olham e dizem baixinho
Deus nos ouviu e nos abençoou nossos filhos são lindos e estão felizes, se
abraçam e agradecem a Deus pela vida que tem.
Texto
de Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a
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