Quem não conhecia
Laís dizia que ela tinha 15 anos por sua estatura pequena e jeitinho de criança,
mas na verdade ela tinha 22 anos, suas irmãs Tônia e Tainá eram grandes e
corpulentas ela era magrinha e franzina, mas era bela e sedutora com seu
jeitinho de menina. Os rapazes da rua dela ficavam intrigados com a moça,
quando saia as três irmãs as outras sentiam vergonha as pessoas perguntavam se
Laís era filha de uma delas. Neste empasse deixaram de sair juntas assim ela
ficava sempre sozinha, as colegas e uma amiga inseparável que tinha estudavam
fora e só vinham aos fins de semana, ela sonhava encontrar um namorado, mas
como queria as colegas diziam que nunca conseguiria, que não existia, mais ela
era tinhosa e aguardava a chegada de seu príncipe que para ela chegaria a
cavalo no cavalo negro não branco ela dizia, eu quero ele no cavalo negro e veloz.
Assim o tempo foi passando e Laís quase nem saia mais de casa, estava ficando
deprimida e sua família começava a se preocupar, um anúncio de uma festa de
cawboy chamou atenção de Tônia que pensou na irmã, afinal elas tinham uma
parcela de culpa da irmã não querer sair.
Quando disse da
festa as colegas todas quiseram ir menos a irmã, então pensaram num modo de
levar ela até a festa. Contaram a ela que um jovem misterioso estaria
interessado nela e este iria à festa, mas na verdade tudo mentira, elas não sabiam
de ninguém, decidida a conhecer o misterioso jovem ela se dispôs a ir. No dia
da festa ela se produziu toda e para espanto das irmãs estava linda nem parecia
a menininha que aparentava ser, ela havia usado uns truques no salão o que
deixou aparentando ser bem maior e mais velha. Estava linda quando saiu no
portão o vizinho que vivia implicando com ela quase não a reconheceu ficou
assoviando e dizendo ser um mulherão, ela fez de desentendida queria mesmo era
conhecer o misterioso homem. No local da festa procurou uma mesa e sentou-se
pediu um suco e ficou admirando as beldades que desfilavam no palco, quando
começou o show e nada de mistérios ela começou a ficar chateada com as irmãs
sua amiga estava com namorado não ia ficar segurando velas. Uma canção foi
oferecida a ela por meio de um desconhecido coisa de Tainá, mas ela
descobriu que nas palavras tem poder tanto falaram no homem misterioso que ele
existiu mesmo ali.
Já era tarde a moça
estava aflita e pensava tanta produção para nada ninguém a não ser o vizinho
reparou em mim, mas ao olhar de lado notou dois olhos grandes e brilhantes lhe
devorando, assustou-se e desviou o olhar, mas a segunda vez que olhou os olhos
não estavam distantes mais e sim quase colados aos seus, levou um susto e disse
em voz alta será que ele existe mesmo? O que disse moça? Ah desculpe pensei
alto assim começou a conversa que fluiu a noite toda e rendeu assunto para
semana toda até ele aparecer na sua rua, más precisamente em seu portão. Ao ser
convidado a entrar ele demonstrou ser um rapaz muito educado e cheios de bons
costumes que quase não existia mais. A família da moça ficou feliz e cheia de
medo dele brincar com os sentimentos dela, mas ele queria mesmo era
compromisso, estava cansado de viver sozinho era órfão e morava com uma tia que
havia falecido naquele mês. O tempo passou eles estavam felizes ele era muito
carinhoso e romântico o que só fortaleceu a teoria da moça que homens
românticos ainda existiam, agora só faltava ele andar montado num cavalo negro,
mas que para felicidade e surpresa da moça ele o fez, ao saber do sonho de sua
amada ele comprou um cavalo negro e veloz com o nome de tempo e quando foi
pedi-la em casamento chegou montado neste cavalo. Ela chorou de emoção quando viu
seu que grande sonho estava realizando e ao dizer sim quando foi perguntada se
aceitava ele como seu noivo ele a pegou e a colocou em sua garupa e saiu voando
com ela para cavalgar no sítio onde morava, queria mostrar a ela o seu cantinho
que por tanto tempo aguardava uma mulher para lhe fazer companhia e tornar o
homem mais feliz do mundo. Lá neste cantinho eles viveriam toda sua vida juntos
e felizes, seriam um para o outro o que sempre sonharam e esperaram encontrar
no amor.
Texto de Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação de qualquer natureza, do todo ou parte dele sem autorização prévia e expressa da autora. Os Direitos estão assegurados nas Leis brasileiras e internacionais de proteção à propriedade intelectual e o desrespeito estará sujeito à aplicação das sanções penais cabíveis.