Fim de semana
Rômulo convidou seus amigos para uma aventura no mato, Ronaldo hoje é
sexta-feira vamos caçar, o rapaz aceitou na hora adorava ir para o mato ficar a
noite toda espreitando os bichos que apareciam. Convidaram também Marcinho e
Rayne eles eram inseparáveis, tudo pronta mochila com roupa de caça, isca para
atrair a presa, comida e uma cachaça para os caçadores, e as armas. As mães
ficavam em casa coração apertado pedindo a Deus proteção para os filhos. Eles
achavam o máximo ficar a noite toda sentado ou correndo atrás das presas,
bebiam pinga e contavam piadas até atingir seu alvo, quando conseguiam abater
uma presa, voltavam alegres como se tivessem ganhado na loteria, chegavam as
vezes na madrugada outras de manhã mesmo, preparavam as carnes e marcavam o
encontro de degustação para outro fim de semana, onde eles mesmos faziam o
prato da moda de caçadores. Durante a semana eles trabalhavam o dia todo a
noite se encontravam no bar perto de casa e colocavam as conversas em dia.
Ronaldo é quem sempre preparava as mochilas de caça e os cachorros que
precisavam ser treinados para isto, muitas noites iam no mato apenas para
treinar os cães, procuravam longe um cão que fosse bom de caça, várias vezes
ele levava para sua casa filhotinhos de cachorros de raça de caçadores, pagava
caro pelos filhotes por prazer de ensinar os filhotes a perseguir a presa desde
novinho quando estavam maiores iam para o mato acompanhando os mais
experientes. Marcinho ajudava o amigo no treinamento, Rayne era mais para ir
junto não dominava bem os amiguinhos de quatro patas, um dia combinaram de ir
numa fazenda bem retirada de sua cidade numa comunidade, onde conheciam
bastantes homens que praticavam o mesmo esporte da caça. Nesta noite trouxeram
um javali depois de uma noite inteira sem dormir e beberem bastante pinga conseguiram
uma presa maior. Ao chegar em casa o rapaz estava tão cansado que mal conseguia
preparar a carne, depois de terminar e guardar pediu a sua mãe, vou dormir
quando for mais tarde me acorde vamos comer a carne que está no freezer preciso
temperar para assar logo a noite, meus amigos virão aqui comer.
A tarde o moço temperou a carne buscou as cervejas e ligou o som, os
amigos e colegas começaram chegar, o pai do rapaz também bebia uns goles, tão
logo chegaram todos estavam com sua latinha na mão, a mãe de Ronaldo chegava do
trabalho e encontrava a casa cheia de convidados, muito som e muita cerveja,
ele como sempre bom cozinheiro preparava com esmero o prato da noite carne
assada e batatas recheadas com mozarela e azeitona, ficava um espetáculo,
o arroz sua mãe fazia enquanto bebiam e cantavam acompanhando o som, a carne
ficava pronta, depois de comerem toda caça que por sinal transformava num belo
prato todos deitavam no chão e começavam a falar versos ou cantar rimas. Era
uma noite de alegria e prazer, quando todos os vizinhos apagavam as luzes, a
rapaziada começava se despedir, muitos ainda saiam para dançar o forró que
tinha na cidade todo fim de semana. Antes de saírem combinavam outra busca no
mato, e disputavam qual o cachorro mataria a presa e de quem era o sortudo,
após cada noite que os cães passavam no mato recebiam sua recompensa. Os amigos
sempre de bem com a vida e não cansavam de contar suas histórias de caçadores
para todos que desejassem saber um pouco de seu esporte preferido. Mas como
tudo acaba os rapazes ao completarem sua maior idade migravam de estado em
busca de trabalho, saiam deixando suas famílias e amigos, especialmente seus
amigos inseparáveis das noitadas no mato, os cães. Quando um conseguia trabalho
arranjava trabalho para o outro amigo e assim no fim todos eles estavam juntos
trabalhando e morando na mesma cidade, longe de seus entes queridos, mas com
uma certeza jamais deixarão a amizade acabar e de lá planejam uma noite nas
matas do interior tomando suas pingas e espreitando suas presas.
Texto
escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora.
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