No começo do dia Silvio convidou sua namorada para fazer um passeio
junto a um casal de amigos a beira do riacho onde moravam, era um rio bem
caudaloso, e tinha muitas árvores frutíferas ao longo de suas margens, trabalho
que fora feito pelos antigos donos das terras na região. Ela aceitou mas
levaria sua irmã junto, caso contrário seu pai não deixaria ir. Iriam depois do
almoço talvez ficassem até bem a noite, lavariam uma carne e um vinho para
tomarem lá, assim que chegaram à beira do riacho Xênia disse a Silvio, eu tenho
medo de água de rio, não entro, fico aqui e vocês podem entrar. Penha e Max os
amigos do rapaz entraram e ficaram brincando jogando água um no outro, o dia
estava muito quente, Xênia e sua irmã Vanilza ficaram olhando enquanto Silvio
pegava goiabas no pé. Depois de várias horas que estavam lá o casal
resolveu se afastar um pouco deixando Vanilza só, e o casal de amigos
resolveram deitar em baixo das árvores, a moça se sentiu uma vela e resolveu
andar um pouco beira rio, certo momento ouviu a voz da irmã chamou por ela, mas
não obteve resposta. Já passava das 16 horas quando voltaram e sentaram todos
juntos, comeram umas frutas e ficaram contando piadas.
Bem depois, foram armar umas pedras para assar a carne que levaram as
irmãs estavam preocupadas ia ficar tarde seus pais ficariam preocupados, mas os
casais de amigos diziam calma estamos divertindo não se preocupem, as horas
foram passando, na medida que a carne assava tomavam uma dose de vinho, Vanilza
ficou muito preocupada sua irmã não está acostumada a beber. Silvio por favor
chega de vinho, Xênia não bebe e você está obrigando ela assim, deixe de ser
chata cunhada, as horas passaram os pais preocupados com a demora resolveram ir
atrás. Ao longe ouvia as gargalhadas pareciam estar todos embriagados, mas as
filhas não estariam ele nunca aceitaria uma coisa dessas em sua família,
mulheres bebendo. Quando se aproximou ouviu a filha mais nova implorando pro
rapaz não oferecer mais vinho a irmã, os amigos Penha e Max estavam muito
bêbados, e ainda assim assavam carne e bebiam mais, o pai chamou pela filha que
mal conseguia falar, abraçou de um lado e Vanilza de outro levaram até o carro,
voltou onde estavam os três e convidou-os a ir com eles, cabia todos se
apertassem um pouco a distância era pouca pode se apertarem, mas irritado com o
futuro sogro o rapaz gritou e xingou palavrões, o que fez o homem refletir se
ia consentir esse namoro ir adiante.
Já em casa a mãe da moça deu um banho e colocou para dormir, revoltado o
pai contou a esposa o que havia visto, decidiram não deixar o namoro continuar,
o moço já havia pisado na bola antes quando levou a filha no baile sem
autorização deles, agora é ponto final ele não merece nossa confiança. No dia
seguinte chamaram a filha e conversaram bastante mostrou a ela o porquê da
proibição, para espanto deles a moça disse eu já tinha tomado esta decisão vou
terminar tudo, ele me mostrou um lado sombrio dele que preferia não ter
conhecido, ontem à tarde no rio ele quis me estuprar, eu não consenti
intimidades e ele quase me machucou forçando a barra, só parou quando Vanilza
se aproximou, depois me obrigou a beber, por isto fiquei bêbada. José quase
ficou louco, calma marido deixa para a justiça divina resolver isto, Margarete
que justiça eu vou matar aquele sujeito agora, depois de muito pedir o homem se
acalmou e chamou o rapaz numa conversa de homem para homem, o que resultou numa
briga, Silvio não admitia o fim do namoro e a moça disse que não queria mais.
Entenda rapaz acabou, ele se foi, mas prometeu vingar de José e da família. Passados
umas horas o moço voltou com uma arma branca escondida, chegou mansinho e feriu
a moça várias vezes com a faca, em desespero a família socorreu a menina e já
no hospital chamaram a polícia, mas um pouco tarde quando a polícia chegou até
o local o moço havia cortado seu próprio pescoço, o sangue jorrava no chão nada
puderam fazer, Xênia sobreviveu e a família descobriu com a polícia que o homem
tinha problemas mentais e usava remédios controlados que misturados ao álcool
causariam alucinações, gerariam forças e agressividade, foi o que aconteceu s.r.
José. Sentimos muito por sua filha, mas foi melhor assim talvez se casassem
poderia ser pior com o passar do tempo, o homem ficou aborrecido vendo sua
filha sofrer, mesmo tendo terminado tudo sabia que gostava dele, se sentia
culpado em relação ao rapaz, mas sua esposa tem razão se continuasse vivo, não
deixaria nossa menina em paz, pois ele não tinha memória boa.
Texto
escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora.
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